sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dor.




A dor de um amor que morre, seja lenta ou rapidamente, sempre parece nos deixar sem chão, sem rumo, sem forças para levantar de um tombo que nos recusamos 
a acreditar que levamos! Mas tenho insistido no fato de que é possível renascer, superar, recomeçar e amar novamente.

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Ninguém ocupa seu lugar dentro de mim. EU TE AMO além das besteiras do passado.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sinais.



Eles estão por aí, por toda parte. Seja um sorriso de leve, um mero olhar trocado, um simples ajeitar de cabelo ou uma pequena mordida nos lábios. Eles estão por aí. Seja também um sinal que vem de dentro, uma falta de ar, umas 100 borboletas passeando em nosso estômago, uma tremedeira que não passa. Por toda parte. Seja um ciúme bobo, alguma ideia mirabolante apenas para chamar atenção de um certo alguém em especial, uma carta que nunca passou pro papel, mas que nunca saiu da alma e do coração. Eles estão por aí, acredite! Seja um telefonema não dado, um convite não feito, (ou desfeito somente para não parecer fácil) seja uma música. Por toda parte, acredite! Uma ajuda ao destino, do tipo provocar algum encontro, uma mensagem na madrugada só pra desejar bons sonhos e a sua noite mal dormida por causa dessa bendita mensagem. Ao seu redor, acredite! Uma ligação fora de hora, uma maquiagem retocada, um visual totalmente novo, uma fala mansa e um desejo de nãoquererlargarnuncamais. Eles estão por aí, por toda parte. Ao seu redor. É só enxergar além das entrelinhas.
(Raul Colaço)

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Estou sentindo sua falta. Quem mandou me acostumar assim? 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Primeiro mês.



Um mês que você se foi meu amor, meu guia. Que falta você me faz, que saudade gigante de você. Pensei não ter forças pra superar tudo isso, mas você tem me ajudado a encarar essa perda da melhor forma possível. Eu te amo demais. Sempre vou te amar, SEMPRE.
Cuida de tuas meninas de onde estiver. 
Vê se dar para aparecer nos meu sonhos! 

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O tempo vai fazer doer menos. Não importa a intensidade, só sei que vai doer.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

As coisas passam.




As coisas passam ,e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Sentido.





Às vezes sinto como se nada no mundo fizesse sentido, o fato de a gravidade não nos deixar voar, o fato de como um ser humano é capaz de amar alguém, de se entregar sem medo de ser feliz a pessoa que ama mesmo que ninguém nesse mundo um dia soube dizer, definir com palavras o que realmente é amar, também não consigo entender como viemos parar nesse mundo que parece ser mais um buraco negro e enigmático habitado por pessoas que muitas vezes esquecem do valor que cada um tem dentro de si. Paixões, o que são paixões em meio a tantos sentimentos? É apenas mais algo escuro e indecifrável que caminha conosco em nosso dia a dia, não sabemos nem como, nem porque nos apaixonamos por nossos amigos, familiares e namorados, apenas sabemos que a vida é um enigma e que não devemos tentar entendê-la. Porque afinal "viver ultrapassa qualquer entendimento".


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Esse sentimento não faz sentido algum.  / cadê o seu lado anjo, anjo?

domingo, 24 de outubro de 2010

Primeiro de muitos.


Ontem foi seu dia, dia em que deveríamos ter saido  para comemorar essa data tão feliz. Mas esse ano foi diferente, não gastamos dinheiro com jantar, com presentes, gastamos com flores. Ah, que triste dar flores pra um homem, mas vale a pena lembrar que não é qualquer homem, é um homem morto.E o pior de tudo é saber que todos os anos esse vai ser o meu presente. Preferia te presentear com um abraço, um beijo ou com aqueles presentes que sempre te dei. Eu queria você aqui comigo, para  falar que tudo isso não passou de um pesadelo horrível.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Aparências.


A uma certa distância todos se parecem... Bonitos, cheirosos e educados. Ao se aproximar, o mau hálito e o sapato gasto influênciam nossa mente a conspirar e mal tratar aleatoriamente, puro preconceito!
Imaginar vivermos num mundo de distintos personagens onde ser diferente talvez seja o normal.


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Eu gosto de você assim, por completo: defeitos + qualidades.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ninguém.




Sapato baixo, calça larga e cabelo preso. Esquentou e seus ombros tensos agradecem. Que cara bonita é essa? Já logo no elevador. Ah, devo ter dormido bem. Bom dia, bom dia. Olha, você está muito bonita hoje. Um fala, outro concorda. E pelos corredores, sorrisos dão continuidade aos elogios. O que é? Que segredo ela guarda? Que novidade é essa? Na cozinha perguntam: novo amor? No estacionamento perguntam: voltou com alguém? No restaurante, na hora do almoço: é alguém novo? Cruza com um namorado antigo "nossa, você tá muito... é o quê? Sexo? A noite toda? Conta, vai, eu agüento ouvir". Contar o quê? No espelho, enquanto escova os dentes, fecha os olhos e sabe pra si o segredo: ninguém. Não gostar de ninguém. Nada. Nem um restinho de nada. Nem de tudo que acabou e nem de nada que possa começar. Nada. Pouco importa qualquer outra vida do mundo. Não é nem pouco, é nada mesmo.
(Tati Bernardi)


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É só vontade de querer estar bem. Viver bem. 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Acostumei.



Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. 
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. 
Se achar que precisa voltar, volte! 
Se perceber que precisa seguir, siga! 
Se estiver tudo errado, comece novamente. 
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a. 
Se perder um amor, não se perca! 
Se o achar, segure-o!
(Fernando Pessoa) 

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Me acostumei com você, você me faz feliz!    / Não te esqueci, continuo sentindo sua falta, dad.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sobre dançar.



Quando estamos juntos o ar em volta fica leve, simples e as cores são mais vivas. E o arco-íris tem mais que 7 cores.A vida pra mim está em constante movimento, como uma dança. Você me roda, roda e me aperta contra seu peito.Nunca deixando de segurar minha mão.Nunca deixando de olhar pra mim.
Como se isso fosse o que mantivesse o universo inteiro.Dançando no meio da sala, dançando em cima da cama, dançando da estação ou na chuva...
Assim como a vida, a dança permite a escolha do parceiro mas não permite saber a musica que irá tocar. Então escolha uma pessoa com quem você adoraria dançar qualquer coisa. Abrace-a apertado e mostre que mesmo que o ritmo mude a distância não será maior que dois passos.


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Quando eu te reencontrei, me senti assim, leve, no momento em que o mundo desabava sobre mim.
Sem dúvidas, te escolho anjo. (:

Tudo dói











Mas o que dói mesmo é esse finalzinho de dia. A hora que eu validava a minha existência com a sua atenção. A hora que eu representava o mundo para a única plateia que me interessa. A hora que eu me irritava um pouco, porque fazia parte. E então tudo isso que pensei e vivi ganhava um motivo maravilhoso e digno que era virar imagem no seu ouvido. Virar realidade. Agora fico aqui me perguntando se eu existo mesmo. Porque se não me conto pra você, o que eu sou? Pra que serve? (tati bernardi)


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Tenho me sentido um passarinho longe de seu ninho. Não dá pra viver sem você, não sei até quando vou aguentar todo esse sofrimento.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tentativas




Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo acessando, vez ou outra, lugares da memória que eu adoraria inacessíveis, tristezas que não cicatrizaram, padrões que eu ainda não soube transformar, embora continue me empenhando para conseguir.
(Ana Jácomo)

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Estou parecendo uma lua perdida, sem saber onde encaixar-se.

domingo, 17 de outubro de 2010

Mais um se...



E se não quisermos, não pudermos, não soubermos, com palavras, nos dizer um pouco um para o outro, senta ao meu lado assim mesmo. Deixa os nossos olhos se encontrarem vez ou outra até nascer aquele sorriso bom que acontece quando a vida da gente se sente olhada com amor. Senta apenas ao meu lado e deixa o meu silêncio conversar com o seu. Às vezes, a gente nem precisa mesmo de palavras.
(Ana Jácomo)

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Ter calma com certeza foi a melhor solução. A coisas surgem quando você menos espera, principalmente com aquelas que você espera menos ainda.

Estratégias


Dificilmente um homem consegue corresponder à expectativa de uma mulher, mas vê-los tentar é comovente. Alguns mandam flores, reservam quarto em hotéizinhos secretos, surpreendem com presentes, passagens aéreas, convites inusitados. São inteligentes, charmosos, ousados, corajosos, batalhadores. Disputam nosso amor como se estivessem numa guerra, e pra quê? Tudo o que recebem em troca é uma mulher que não pára de olhar pela janela, suspirando por algo que nem ela sabe direito o que é. Perdoem esse nosso desvio cultural, rapazes. Nenhuma mulher se sente amada o suficiente.


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Eu não irei me acostumar sem você por perto, não irei de forma alguma.

sábado, 16 de outubro de 2010

Poder de um abraço..






Sentir o nosso coração ao mesmo tempo que o de alguém a quem damos um abraço faz-nos de tal maneira bem à saúde, traz-nos uma tal paz, que até existe uma forma de tratamento chamada Terapia do Abraço.
Um bom abraço ajuda-nos a sentir as muitas dimensões do amor: a facilidade para receber e dar, a sensibilidade para o sofrimento, a disponibilidade para a alegria de se divertir e a profundidade da ternura.
Abraçar alguém é como dizer-lhe: "Olha, aqui estou para o que quiseres, de coração aberto para ti". O que implica aceitar ser rejeitado. Mal interpretado. Correr esse risco.
No entanto, só se a atitude interior, o pano de fundo a partir do qual nos relacionamos com os outros, for de lhes estender os braços e de os tocar, poderemos descobrir o valor da partilha.
Não são só as pessoas solitárias, infelizes, inseguras, que precisam ser abraçadas. Abraçar bem dá-nos saúde. Mas não se trata de abraços sociais, de conveniência, em que duas pessoas se tocam apenas por fora – portanto não se tocam -, nem de abraços de dois amantes apaixonados que um ao outro se agarram.
São abraços que acontecem porque saem cá de dentro sem que os travemos. Como expressão de um amor incondicional que nos habita – e de que não temos medo, porque o olhamos como algo que verdadeiramente nos liberta.
A intimidade que um abraço sincero oferece é a da compreensão. Da atenção. Da solidariedade. Da amizade que existe para lá da exaltação dos sentidos, apenas por ter a consistência daquilo que brota do fundo de nós mesmos e que se mantém quer faça sol quer chova.
Abraços são uma espécie de foguetes capazes de fazer despertar moribundos ou fazer levantar da cama preguiçosos. Explosões de vida. Há quem goste de os dar para reafirmar um vínculo de amizade ou qualquer outro sentimento. E são uma das melhores festas gratuitas a que toda a gente tem acesso. São abraços do fundo do coração, frequentes entre duas pessoas que, por nada pedirem uma à outra, de cada vez que se encontram recebem sempre muito – e apenas por isso são levadas a celebrá-lo.
Quando um coração se abre para outro coração, há quase sempre uma qualquer maravilha que pode acontecer. Ou, quanto mais não seja, uma sensação de paz possível, neste mundo cheio de guerras em que vivemos.

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Ontem enquanto falava com você, eu senti uma necessidade enorme de pular em cima de você, te abraçar e não soltar mais. Como eu sinto falta do seu abraço, de você meu, meu, MEU...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

É preciso





(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente!
... no entanto
eu gostava mesmo era de partir...
e - até hoje - quando acaso embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho:
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
como uma nave espacial perdida entre as estrelas.
Mário Quintana

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Estou cada vez mais distante desse mundo em que pensava ser o certo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010



''O que ela quer é falar de amor. Fazer cafuné, comprar presente, reservar hotel pra viagem, olhar estrela sem ter o que dizer. Quer tomar vinho e olhar nos olhos. Ela quer poder soprar o que mora dentro, o que não cabe, que voa inocente e suicida. Ela quer o que não tem nome. Quer rir sem saber de quê, passar horas sem notar, quer o silêncio e a falação. Ela quer bobagem. Quer o que não serve pra nada. Quer o desejo, que é menos comportado que a vontade. Ela quer o imprevisto, a surpresa, o coração disparado, o medo de ser bom. Quer música, barulho de e-mail na caixa, telefone tocando. Ela tem muito e quer mais. Quer sempre. Quer se cobrir de eternidade, quer o oxigênio do risco pra ficar sempre menina. Ela quer tremer as pernas, beijo no ponto de ônibus e a milésima primeira vez. Quer cor e som, lembrança de ontem, sorriso no canto da boca. Ela quer dar bandeira. Quer a alegria besta de quem não tem juízo. O que ela quer é tão simples. Só que ela não é desse mundo.''

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Mais uma vez eu vou te deixar. Mas eu volto logo pra dizer, estou com saudade do meu cobertor.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010






Tem gente que tem cheiro de passarinho quando canta. De sol quando acorda. De flor quando ri. Ao lado delas, a gente se sente no balanço de uma rede que dança gostoso numa tarde grande, sem relógio e sem agenda. Ao lado delas, a gente se sente comendo pipoca na praça. Lambuzando o queixo de sorvete. Melando os dedos com algodão doce da cor mais doce que tem pra escolher. O tempo é outro. E a vida fica com a cara que ela tem de verdade, mas que a gente desaprende de ver. Você tem cheiro de SAUDADE

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Como pude perder vocês dois? Como?

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Talvez...




Talvez um voltasse, talvez o outro fosse. Talvez um viajasse, talvez outro fugisse. Talvez trocassem cartas, telefonemas noturnos, dominicais, cristais e contas por sedex (...) talvez ficassem curados, ao mesmo tempo ou não. Talvez algum partisse, outro ficasse. Talvez um perdesse peso, o outro ficasse cego. Talvez não se vissem nunca mais, com olhos daqui pelo menos, talvez enlouquecessem de amor e mudassem um para a cidade do outro, ou viajassem junto para Paris (...) Talvez tudo, talvez nada.



Queeeero te abraçar, muito. Eu não consigo parar de pensar naquela cena, aquela que eu te perdi.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Não tem como escapar do fim



Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? 
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. 
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. 
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. 
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. 
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. 
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemosNão espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!Encerramos ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és. E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.
Fernando Pessoa


Não sei se quero começar algo novo.Não sei se quero te deixar pra trás, deixar o Nós pro passado. Mas é o certo a se fazer, não é? Então só me resta acostumar com a nova vida, meu novo caminho.
E que venha o Mexico.

E se...



- Sabes...
- Diz...
- Tenho saudades!
- Saudades?
- Sim, saudades tuas...
- Saudades minhas?!
- Sim... Tenho saudades de estar contigo...
- Mas... Tu estás comigo...

[Abraço]

- Mas sabes...
- Diz...
- Continuo com saudades...

[Pausa]

Tenho saudades de te amar menos! Tenho saudades de te olhar a primeira vez.
Tenho saudades da forma como os nossos lábios se cruzavam sem se tocarem.
Tenho saudades de descobrir o teu sabor.Tenho saudades do que eu era antes de ti.
Tenho saudades de ti antes de nos abraçarmos.Tenho saudades de me sentir protegida entre os teus braços.
Tenho saudades do "tu" que perdi quando te ganhei.Tenho saudades das tuas palavras quando tudo começou.
Tenho saudades da primeira vez que tua voz me acalmou.Tenho saudades da primeiira conversa que tivemos.
Tenho saudades da primeira vez que ouvi o meu nome na tua boca.
Tenho saudades da primeira vez que as nossas mãos se enterlaçaram.
Tenho saudades de descobrir o teu cheiro.Tenho saudades daquele abraço que me deste.
Tenho saudades das primeiras prendas que trocamos.Tenho saudades de tanta coisa que passamos.
Tenho saudades de tudo.Tenho saudades! Tenho saudades de ti no passado.Tenho saudades de nós!

[Pausa]

- Mas...
- E se...

[Pausa]

- Sim...
- Vamo-nos conhecer de novo?


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Sair com quem te quer bem, faz bem.

domingo, 10 de outubro de 2010

A dor que mais dói




Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas. 
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Martha Medeiros.
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O texto diz tudo. Eu sinto essa dor incessável que está me matando aos poucos.
Acordo sabendo que não posso nem sequer ligar pra você só pra ouvir o mais lindo " Larga do meu pé, chulé".